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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Minorismo Franciscano.


Em nossa historia franciscana, nos deparamos com grandes exemplos de irmãos menores que assimilaram de tal forma o carisma de Francisco de Assis em suas vidas que até hoje continuam a despertar grandes vontades e desejos de santidade na Ordem. Desde o começo, ainda no século XVIII, com o próprio Francisco a minoridade era para ele o ser de maior importância dentro da fraternidade, chamando os seus irmãos de menores e posteriormente recebendo do Papa Honório III a regra e a vida dos frades menores.
Bem cedo esta virtude tomou conta de todos os irmãos ao longo dos tempos e dos séculos, deixando como herança grandes nomes como: Santa Clara de Assis, Santa Inês de Praga, Santo Antonio de Pádua, São Boaventura de Banioregio (ainda no século XVIII), até chegarem ao século XX, como São Maximiliano Maria Kolbe entre outros.
É bem verdade que as virtudes de santidade destes irmãos são em graus espirituais bem elevados, como em santo Antonio um Taumaturgo de grande experiência de Deus. Sim, mas todos têm em seus relatos biográficos a grande vontade de São Francisco: o Minorismo. O sentido de pertença a esta fraternidade; o despego do mundo, o amor e compaixão com os mais humildes são o caminho para se alcançar o ser menor e por sua vez as demais virtudes espirituais.
No Brasil, o franciscanismo também trouxe grandes personalidades que são para muitos jovens um grande sinal do seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, pobre, humilde e crucificado. Quantos vocacionados à vida franciscana não espelham suas vidas em nomes conhecidos e amados por muitos até hoje.
Em nosso regional, conhecemos assim muitos irmãos e irmãs da família franciscana das três ordens como por exemplo: Frei Artur-OFM (Convento Ipuarana de Lagoa Seca-PB), Madre Cicília-OCC (Mosteiro Santa Clara de Campina Grande), Drª Eliane- OFS (João Pessoa- PB) irmãos franciscanos que independentes de sua vocação e de sue serviço ou atuação em suas fraternidades, deixaram para os que continuam na caminhada um legado verídico de franciscanismo minorítico e uma grande força de vontade de seguir cada vez mais forte os passos e os exemplos de São Francisco.
Tendo como maior exemplo o Divino Mestre, sigamos também os que D’ele se aproximaram, tornando-nos menores diante dos irmãos, vivendo a Sua mensagem: “Quem quiser ser o primeiro seja o último e ser aquele que serve a todos.” (Mc 9, 35). Sem jamais suplantar os irmãos, mas ser igual em tudo. É esta a única forma de chegarmos a perfeição da caridade e a perfeita alegria.

FERNANDO LUIZ
FRATERNIDADE SENHORA SANTANA